segunda-feira, 5 de maio de 2014

As más companhias de Gleisi Hoffmann e as confusões em que ela se mete

De peculato a estupro de menores e vulneráveis, as suspeitas que cercam os parceiros políticos da candidata petista ao governo do Paraná dificultam suas intenções. 

O nome de Gleisi Hoffmann, ex-ministra da Casa Civil do governo Dilma, vem se notabilizando como o de coadjuvante em vários grandes escândalos que tomaram as manchetes no último ano. O caso mais recente é o do deputado André Vargas, acusado de atuar com doleiro por contrato com ministério. A chapa de Gleisi, candidata do PT ao governo do Paraná, tinha o agora não bem quisto deputado, que concorreria ao cargo de senador com o apoio da ex-ministra. 

À procura de um novo nome, ela afirma que o caso não afetará sua campanha. "Tudo isso diz respeito ao André Vargas. E a campanha ainda está longe, temos a Copa do Mundo no meio. A maior parte das pessoas não está nem pensando em eleições ainda, só quem lida profissionalmente com política."

Nos últimos tempos, houve mais duas polêmicas envolvendo a candidata. Uma delas ocorreu durante as disputas da CPI da Petrobras, apoiada pela oposição para apurar os recentes escândalos da estatal. De acordo com a ex-ministra, as investigações da Comissão Parlamentar só tinham propósitos eleitorais.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) voltou a atacar a oposição e a proposta de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) exclusiva para apurar as denúncias de corrupção sobre a Petrobras. Durante audiência no Senado, que nesta terça-feira, 15, recebe a presidente da Petrobras, Graça Foster, Gleisi voltou a dizer que o pedido da CPI tem “interesse eleitoral”.

A outra polêmica envolve o IBGE e a nova metodologia para medir o desemprego no país. A divulgação da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que veio para substituir a Pnad Anual e a Pesquisa Mensal de Desemprego (PME), revelou um índice de desemprego de 7,1% - chegando a 15% entre os jovens. Os números ruins assustaram parlamentares – entre eles, Gleisi -, que pediram uma revisão da metodologia e suspenderam a Pnad Contínua.

Segundo o instituto, a suspensão foi motivadas por questionamentos feitos por parlamentares e tem como objetivo fazer uma revisão na metodologia de coleta e cálculo da renda domiciliar per capita. O IBGE explica que o cálculo atual prevê margens de erro diferentes para a pesquisa entre os estados, o que prejudica a comparação entre os resultados.

A decisão causou problemas entre os funcionários do instituto. Alguns pediram exoneração e outros ameaçaram deixar seus cargos. A presidente do IBGE, Wasmália Bivar, disse em entrevista que ainda não pode afirmar se conseguirá evitar a saída coletiva dos coordenadores, mas que vai explicar as motivações para a decisão. A medida já motivou o pedido de exoneração da diretora de Pesquisas do IBGE, Marcia Quintslr, e da coordenadora-geral da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence), Denise Britz do Nascimento Silva. Ambas integravam o conselho diretor do IBGE, ao lado de Wasmália e de outros cinco membros.

Mas um dos casos mais graves do envolvimento de Gleisi com pessoas erradas é o de Eduardo André Gaievski. Convidado por ela para ser assessor especial da Casa Civil da Presidência da República, o ex-prefeito de Realeza, no Paraná, está preso e sob investigação de estupro de vulneráveis. Segundo ele, as denúncias foram armadas por adversários para prejudicar a ex-ministra. No entanto, o clima não anda bom entre os parlamentares. É o próprio André Vargas quem andou desabafando por aí: “Gleisi não me transformará em um novo Gaievski“.

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