No último fim de semana, a Presidente
Dilma e sua comitiva viraram manchete após sua passagem por Lisboa. A comitiva
jantou em um dos restaurantes mais badalados da cidade e se hospedou nos hotéis mais luxuosos, ocupando um total de 45 quartos.
Dilma estava Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial, de quinta-feira a sábado. Seu destino seguinte, segundo a agenda oficial, seria Cuba. A presidente e sua comitiva, porém, desembarcaram em Lisboa.
Dilma estava Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial, de quinta-feira a sábado. Seu destino seguinte, segundo a agenda oficial, seria Cuba. A presidente e sua comitiva, porém, desembarcaram em Lisboa.
Após O Estadão revelar o
paradeiro de Dilma no sábado, 25, o Palácio do Planalto afirmou que se tratava
de uma "parada técnica" não prevista. A versão foi dada primeiro pela
ministra Helena Chagas (Comunicação Social), no fim de semana, e reiterada pelo
Ministro Figueiredo, em Havana.
Pela versão oficial, o plano era sair da Suíça no
sábado, parar nos Estados Unidos para abastecer as duas aeronaves oficiais e
chegar a Cuba no domingo. Mas o mau tempo teria obrigado a comitiva a mudar de
planos na véspera e desembarcar em Lisboa.
Governo português contradiz versão sobre
visita de Dilma
O diretor do cerimonial do governo de
Portugal, embaixador Almeida Lima, estava escalado desde quinta-feira (23) para
recepcionar Dilma e sua comitiva no fim de semana. O chef Joachim
Koerper, do restaurante Eleven, disse nesta terça-feira (28) à Folha que
recebeu funcionários da Embaixada do Brasil em Lisboa para uma
"vistoria" na véspera da visita da presidente Dilma Rousseff e de
membros da sua comitiva ao local.
Isso contraria a versão apresentada
pelo ministro Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) para a passagem da
delegação brasileira pela capital portuguesa, fato que havia sido omitido da
agenda presidencial.
Mal-estar
A divulgação da parada em Lisboa aborreceu Dilma e criou mal-estar quando ela desembarcou em Havana. Ontem, o ministro das Relações Exteriores foi destacado para falar à imprensa sobre o assunto. Primeiramente, repetiu a versão oficial: "Havia duas possibilidades: ou o nordeste dos Estados Unidos, ou parando em Lisboa, onde era o ponto mais a oeste do continente. Viu-se que havia previsão de mau tempo com marolas polares no nordeste dos Estados Unidos. Então houve uma decisão da Aeronáutica de que o voo mais seguro seria com escala em Lisboa".
Depois disse que cada um dos integrantes da comitiva presidencial que jantaram no Eleven pagou sua própria despesa. "Cada um pagou o seu e a presidenta, o dela, como ocorre em todas as viagens. Foi com cartão pessoal."
A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto se limitou a informar que, "por questões de segurança", "não tece comentários sobre detalhamentos das equipes, cabendo apenas ressaltar que elas são compostas a partir de critérios técnicos e adequadas às necessidades específicas previstas para cada viagem".
A ida de Dilma a Lisboa só passou a constar da agenda oficial da presidente às 13h50 de domingo, horário de Brasília, quase 24 horas depois de a presidente chegar à capital portuguesa. Naquela hora a presidente já tinha decolado em direção a Havana.
A divulgação da parada em Lisboa aborreceu Dilma e criou mal-estar quando ela desembarcou em Havana. Ontem, o ministro das Relações Exteriores foi destacado para falar à imprensa sobre o assunto. Primeiramente, repetiu a versão oficial: "Havia duas possibilidades: ou o nordeste dos Estados Unidos, ou parando em Lisboa, onde era o ponto mais a oeste do continente. Viu-se que havia previsão de mau tempo com marolas polares no nordeste dos Estados Unidos. Então houve uma decisão da Aeronáutica de que o voo mais seguro seria com escala em Lisboa".
Depois disse que cada um dos integrantes da comitiva presidencial que jantaram no Eleven pagou sua própria despesa. "Cada um pagou o seu e a presidenta, o dela, como ocorre em todas as viagens. Foi com cartão pessoal."
A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto se limitou a informar que, "por questões de segurança", "não tece comentários sobre detalhamentos das equipes, cabendo apenas ressaltar que elas são compostas a partir de critérios técnicos e adequadas às necessidades específicas previstas para cada viagem".
A ida de Dilma a Lisboa só passou a constar da agenda oficial da presidente às 13h50 de domingo, horário de Brasília, quase 24 horas depois de a presidente chegar à capital portuguesa. Naquela hora a presidente já tinha decolado em direção a Havana.
A esta altura, está claro que o Planalto está escondendo alguma
coisa. Se como disse a Presidente, cada um arcou com suas despesas — e de fato,
a comitiva não poupou gastos em Portugal — qual seria o motivo para esconder
essa viagem? E por que então, a Nota mentirosa sobre a parada ter sido decidida
"em cima da hora"? A pergunta que fica após esse episódio é: QUEM
PAGA ESSA CONTA?
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