quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A verdade sobre o Ranking dos Fichas Sujas

Os Petistas estão propagando nas redes sociais um "ranking" dos fichas-sujas produzido nas eleições do ano passado, com base em um levantamento feito pelo site Congresso em Foco. O levantamento, que está sendo usado com afinco pela "tropa da esquerda" traz os ranking com os partidos com maior volume de "Fichas Sujas", que é liderado pelo PSDB.

"FEZ SUCESSO nas redes sociais um "ranking" dos fichas-sujas deste ano por partido. Baseia-se num levantamento feito pelo site Congresso em Foco em todos os TREs brasileiros.

Sendo fã do Deep Purple (que pouco aparece em rankings de música), não levo rankings muito a sério. Sempre observo as sutilezas na forma como os dados são obtidos.

Oito TREs não deram informações. Outros três, incluindo São Paulo, não divulgaram seus candidatos a vereador barrados. Compreensível: há 77,3 mil concorrendo no Estado de São Paulo, cada um com um registro julgado caso a caso. Cinco Estados não deram resultados de candidatos a vice-prefeito. O Ceará lidera, com 208 fichas-sujas; há mais maus políticos por lá ou o Judiciário tem menor volume de processos e condena mais rápido?

Ao olhar os rankings, lembre que a ocasião faz a corrupção. Um mandato é a grande ocasião da vida de um mau político. Têm mais fichas-sujas os partidos que tiveram mais mandatos no passado, e sempre ganham mais prefeituras os partidos aliados ao poder federal da vez. O Judiciário brasileiro demora anos até que um processo seja julgado em segunda instância e suje a ficha.

Assim, o ranking indica mais a distribuição do poder municipal de uma década e meia atrás do que a honestidade dos partidos hoje. Não significa que o partido X seja "mais corrupto" que o partido Y; indica que maus políticos do partido X estiveram no poder antes de maus políticos do partido Y, que ainda estão por ser condenados.

Outro problema: a distribuição reflete os partidos pelos quais os candidatos concorrem hoje, não necessariamente os partidos que representavam ao ser processados.

Tudo isso sugere o sério risco de fichas-sujas ganharem nas urnas antes de serem barrados. Também indica que os partidos não têm interesse em impedir seus fichas-sujas de concorrer. Aí, vale o puxão de orelha representado pelo ranking.

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