Em setembro de 2011, o então Ministro do Esporte, Orlando Silva, declarou em seu discurso: “A Copa do Mundo funciona como uma espécie de catalisador. Temos uma grande oportunidade de executar planos de investimentos e de melhorar a qualidade dos serviços nas grandes cidades, sobretudo o transporte público.”. A fala do ministro justificava a vinda da Copa do Mundo ao Brasil pelo legado que seria deixado para as 12 cidades-sede. Pois bem, veremos agora, como transcorreram as obras de mobilidade urbana dois anos após as declarações de Orlando.
As promessas
O primeiro documento que elencava
as obras da Copa divulgado em 2010 traz no seu planejamento 50 intervenções na
área de mobilidade urbana somando um orçamento de mais de R$ 11 bilhões. Em
2012, entre substituições e cancelamentos de projetos, o projeto caiu para R$ 3
bilhões.
O último levantamento, divulgado esta semana, mostra o cancelamento de mais 14 obras divulgadas no cronograma inicial. A cidade de Manaus, por exemplo, ficou sem nenhuma obra de mobilidade. Os dois projetos para a capital que estavam na Matriz de Responsabilidades da Copa foram excluídos, um deles sob suspeita de irregularidades na licitação.
Notícia do Portal da Copa em 2011 |
Em paralelo a esta realidade, as despesas com estádios aumentaram R$ 898 milhões, totalizando mais de R$ 8 bilhões gastos entre construção e reforma das 12 arenas que receberão os jogos. Apenas 50% dos estádios foram entregues até agora, a outra metade tem entrega prevista para o fim deste ano.
A propaganda Petista
Para maquiar a realidade acima descrita, o
governo do PT em seus relatórios está considerando as obras realizadas
no entorno dos estádios como investimento em mobilidade, investimentos
estes que não existem, tampouco existirão após 2014. A grande verdade é que o
trânsito de nossas capitais está cada vez mais caótico e não comporta, nem
mesmo, o dia-a-dia das grandes cidades... Imagina na Copa!
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